______3.5.1.1 Armários de Telecomunicações de Edifícios – ATE
3.5.1.1 ARMÁRIOS DE TELECOMUNICAÇÕES DE EDIFÍCIO – ATE
Os Armários de Telecomunicações do Edifício (ATE) fazem parte da rede colectiva de tubagens, são de
acesso restrito e neles se vão alojar os vários Repartidores Gerais (RG) que possam existir e que se
definem no ponto 3.4.4. O ATE, embora normalmente constituído por uma caixa do tipo C (definido no ponto
3.5.2.1), por um bastidor ou por um armário encastrado na parede, pode ser coincidente com um ETI ou
ETS.
O ATE é o ponto de confluência das redes dos operadores, sejam elas em par de cobre, em cabo coaxial ou
em fibra óptica.
O ATE contém obrigatoriamente um barramento de terras, onde se vão ligar as terras de protecção das
ITED. Este barramento (barramento geral de terras das ITED – BGT) é por sua vez interligado ao
barramento geral de terras do edifício. O BGT deverá estar dimensionado para o edifício.
O ATE deve possuir espaço suficiente para alojar os vários repartidores gerais e outros equipamentos,
permitindo a manobra e ligação dos cabos de entrada dos operadores. O ATE deve disponibilizar espaço
suficiente para o acesso de, no mínimo, 4 redes de operadores de telecomunicações.
O ATE deve disponibilizar circuitos de energia 230 V AC, para fazer face às necessidades de alimentação
eléctrica. Serão disponibilizados, no mínimo, 4 tomadas com terra, devidamente protegidas por 1 disjuntor
diferencial. O referido disjuntor está localizado no quadro de energia eléctrica adequado.
O projectista decide da necessidade da existência de 2 ATE, um inferior e um superior, face às
necessidades de acesso aos serviços públicos de telecomunicações e à caracterização do edifício. Cada
um dos ATE deverá conter as referidas 4 tomadas com terra.
O ATE inferior, localizado no ETI, contém pelo menos dois repartidores gerais: o RG-PC (par de cobre) e o
RG-CC (cabo coaxial). Poderá existir ou não um RG-FO e um RG-PC+. No caso de existir um RG-PC+
poderá não existir um RG-PC. Cada um deles vai permitir a interligação dos vários operadores às redes
colectivas do edifício.
O ATE superior, localizado no ETS, contém pelo menos o RG-CC (cabo coaxial), para a rede de cablagem
de recepção e distribuição de sinais de radiodifusão sonora e televisiva, no caso de edifícios de quatro ou mais fracções autónomas. Neste caso prevê-se a existência de um barramento suplementar de terras, que
será interligado ao BGT. Também nesta situação se deve prever a existência de energia eléctrica no ATE
alojado no ETS, tendo em consideração o estipulado no ponto 4.3.6.
Para efeitos de tele-contagem, recomenda-se a interligação do ATE aos armários que contêm os
contadores de água, gás e electricidade.