__1.3 Redes e Níveis de Qualidade da Cablagem do Edifício
1.3 REDES E NÍVEIS DE QUALIDADE DA CABLAGEM DO EDIFÍCIO
Tendo em conta os requisitos resultantes do disposto no DL 59/2000, nomeadamente do artigo 4º, torna-se
necessário diferenciar os diversos edifícios, quanto às infra-estruturas de telecomunicações a instalar. Na
tabela seguinte estão indicados os diversos níveis de qualidade da cablagem a instalar nos diferentes
edifícios.
Como MÍNIMO entende-se o nível de qualidade mínimo da cablagem a instalar, para cada edifício indicado,
de forma a satisfazer os requisitos constantes no DL 59/2000. O ICP-ANACOM sugere, no entanto, a
adopção de soluções tecnicamente mais avançadas e que estão indicadas como RECOMENDADO. Também
se prevê que possam existir soluções mistas, em que se combinam soluções mínimas e recomendadas.
Em síntese:
Redes de cablagem
Para os edifícios de 1 a 3 fracções autónomas devem ser instaladas, pelo menos, 2 redes de
cablagem: uma em par de cobre e outra em cabo coaxial.
Para os edifícios de 4 ou mais fracções autónomas devem ser instaladas, pelo menos, 3 redes de
cablagem na rede colectiva: uma em par de cobre, outra em cabo coaxial e ainda uma outra
(também em cabo coaxial) para a recepção e distribuição de sinais de radiodifusão sonora e
televisiva do tipo A (MATV).
As redes individuais são compostas por 2 redes de cablagem, uma em par de cobre e outra em
cabo coaxial.
Níveis de qualidade
O NQ 0, nível de qualidade de redes de cablagem de pares de cobre em categoria 1 e 2, foi
abandonado em termos de solução para a instalação de infra-estruturas de telecomunicações em
edifícios, já não sendo considerado na EN50173-1, nem recomendada a sua utilização por
organismos internacionais tais como, por exemplo, o DSL Forum.
Todos os materiais, dispositivos e equipamentos usados no NQ1a, nível de qualidade mínimo da
rede de cablagem de par de cobre utilizada na rede colectiva de cabos, deverão ser de categoria 3,
ou superior, de modo a garantir-se o cumprimento dos requisitos indicados no presente Manual
ITED e da Classe C, de acordo com a EN50173-1 ou outras normas equivalentes.
Todos os materiais, dispositivos e equipamentos usados no NQ1b, nível de qualidade mínimo da
rede de cablagem de par de cobre utilizada na rede individual de cabos e recomendado para a rede
de cablagem de par de cobre utilizada na rede colectiva de cabos, deverão ser de categoria 5, ou superior, de modo a garantir-se o cumprimento dos requisitos indicados no presente Manual ITED e
da Classe D, de acordo com a EN50173-1 ou outras normas equivalentes.
Todos os materiais, dispositivos e equipamentos usados no NQ1c, nível de qualidade mais
evoluído e opcional para a rede de cablagem de par de cobre, deverão ser de categoria 6 ou 7, de
modo a garantir-se o cumprimento dos requisitos indicados no presente Manual ITED e da Classe E
ou F, respectivamente, de acordo com a EN50173-1 ou outras normas equivalentes.
Todos os materiais, dispositivos e equipamentos usados no NQ2a, nível de qualidade mínimo
das redes de cablagem de cabo coaxial, deverão ter características de acordo com as
características indicadas para os cabos coaxiais deste nível, de modo a garantir-se o cumprimento
dos requisitos indicados no presente Manual ITED.
Todos os materiais, dispositivos e equipamentos usados no NQ2b, nível de qualidade
recomendado para as redes de cablagem de cabo coaxial, deverão ter características de acordo
com as características indicadas para os cabos coaxiais deste nível, de modo a garantir-se o
cumprimento dos requisitos indicados no presente Manual ITED.
Todos os materiais, dispositivos e equipamentos usados no NQ3, nível de qualidade opcional de
cablagem em fibra óptica, deverão ter características de acordo com as características do cabo de
fibras ópticas (OM1, OM2, OM3 ou OS1 conforme o caso), de modo a garantir-se o cumprimento
dos requisitos indicados no presente Manual ITED e na EN50173-1 ou outras normas equivalentes.
Considera-se que a utilização de redes de cablagem de fibras ópticas (NQ3) é uma solução a ser
considerada, nomeadamente em edifícios de maior complexidade tecnológica e compatível com a
utilização de redes de cablagem estruturada.
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